Busca

26 de novembro de 2010

A Administração Científica de Taylor

A administração científica foi desenvolvida nos Estados Unidos no fim do século XIX por Frederick Winslow Taylor. Taylor procurava uma forma de aumentar o nível de produção em menos tempo sem elevar os custos. Ele observou que os sistemas de administração eram falhos. Não havia padronização na produção, nem conhecimento dos administradores a respeito do trabalho dos operários, estes junto com a forma de remuneração da época foram as principais falhas estudadas por Taylor.
Taylor divulgou, em um estudo chamado Shop management, a proposta de sua filosofia, que partia de quatro princípios:
  1. O objetivo da boa administração era pagar salários altos e ter baixos custos de produção;
  2. Com esse objetivo, a administração deveria aplicar métodos de pesquisa para determinar a melhor maneira de executar tarefas;
  3. Os empregados deveriam ser cientificamente selecionados e treinados, de maneira que as pessoas e as tarefas fossem compatíveis;
  4. Deveria haver uma atmosfera de íntima e cordial cooperação entre a administração e os trabalhadores , para garantir um ambiente psicológico favorável à aplicação desses princípios.
Com o crescimento acelerado das empresas no início do século  XX, elas sofriam com a falta de padronização nos métodos e das técnicas de trabalho, também havia a falta de conhecimento da rotina de trabalho por parte da gerência. Com a finalidade de sanar essas dificuldades, Taylor toma como partida a questão de que a organização e a administração devem ser estudadas e tratadas cientificamente e não sem as considerações teóricas e cientificas. Os princípios e as técnicas criadas por Taylor procuravam aumentar a produção por meio da racionalização do trabalho, para evitar o desperdício e promover a boa relação entre funcionários e patrões.
Com a desorganização das empresas, os funcionários criavam os seus próprios métodos, assim os operários realizavam suas atividades da maneira que achavam melhor, estes métodos geravam inúmeras maneiras de realizar um mesmo trabalho. Então foi desenvolvida uma análise cientifica do trabalho, que era realizado pelos operários, e um estudo de tempos e movimentos que permitiriam tornar mais eficiente. Taylor introduz aos seus estudos alguns princípios, vejamos quais são:
  • Análise do trabalho e estudo de “tempos e movimentos”: tinha como objetivo excluir os movimentos considerados inúteis, e com isso fazer com que os operários realizassem as atividades de forma simplificada e rápida.
  • Estudo de fadiga humana: a fadiga faz com que a produção diminua ocasionando acidente, doenças, baixa qualidade etc.
  • Divisão do trabalho e especialização: reduzir o trabalho a uma única tarefa ou a tarefas simples.
  • Desenho de cargos e tarefas: desenhar cargos é especificar o conteúdo de tarefas de uma função, como executá-la e as relações com os demais cargos existentes.
  • Incentivo salariais e prêmios por produção: com intuito de obter maior colaboração dos operários, foram estabelecidos incentivos salariais e prêmios de produção. Assim, buscava-se direcionar o foco para a produção, ou seja, quanto mais se produz mais se ganha.
  • Homo economicus (Homem econômico): o operário movido por recompensas financeiras.
  • Condições ambientais de trabalho: as condições de trabalho também diminuem a fadiga e garantem o bem-star físico do trabalhador.
  • Padronização de métodos, máquinas e equipamentos: diante da variedade e da diversidade no processo produtivo e com a intenção de reduzir o desperdício e aumentar a eficiência. É proposta a padronização dos elementos no processo de trabalho, entre eles: as máquinas, os instrumentos, as ferramentas, os componentes e as matérias-prima.
  • Supervisão funcional: a especialização do operário deve ser acompanhada da especialização do supervisor (os operários são supervisionados por supervisores especializados e não por uma autoridade centralizada).
Os estudos de Taylor despertaram o interesse de vários empresários, entre eles nada mais nada menos que Henry Ford o fundador da Ford, que criou a linha de montagem aplicando e aperfeiçoando o princípio da racionalização proposta por Taylor. As contribuições de Taylor foram tamanhas que até hoje muito de seus princípios ainda são utilizados.
A aqueles que criticam a teoria da Administração Científica de Taylor, destas as principais são:

  • Para os críticos a Administração Científica transformou o homem em uma máquina. O operário é tratado como apenas uma engrenagem do sistema produtivo, passivo e desencorajado de tomar iniciativas.
  • A superespecialização do operário facilita o treinamento e a supervisão do trabalho, porém, isso reduz sua satisfação e ele adquire apenas uma visão limitada do processo;
  • A padronização do trabalho seria mais uma intensificação deste do que uma forma de racionalizar o trabalho;
  • A Administração Científica se restringe apenas aos aspectos formais da organização não abrangendo por exemplo o conflito que pode haver entre objetivos individuais e organizacionais;
  • A Administração Científica não leva em conta o lado social e humano do trabalhador. A análise de seu desempenho leva em conta apenas as tarefas executadas na linha de produção;
  • A Administração Científica trata da organização como um sistema fechado sem considerar as influências externas.
  • A Administração Científica propõe uma abordagem científica para a administração, no entanto, ela mesma carece de comprovação científica e teve sua formulação baseada no conhecimento empírico;
ABAIXO UM VIDEO PARA FIXAÇÃO DO ASSUNTO.

Nenhum comentário:

Postar um comentário